Etapas de como realizar um financiamento imobiliário

Comprar a casa própria ainda é um dos principais objetivos de vida da maioria dos brasileiros e o financiamento imobiliário funciona como uma ótima opção para quem quer comprar um imóvel, mas não guardou dinheiro necessário para pagar à vista.

 

Com o intuito de auxiliar quem está pensando em realizar o sonho da casa própria através de um financiamento imobiliário, separamos algumas dicas sobre o assunto. Conhecendo as etapas que permeiam esse processo e buscando informações confiáveis, você certamente conseguirá obter um financiamento que se adeque às suas necessidades.

 

Como funciona 

Os financiamentos são feitos pelos bancos, que pagam para os vendedores do imóvel a quantia desejada pelos compradores. O comprador terá que pagar ao banco a quantia financiada e, durante este período, o imóvel fica em seu nome. É importante saber que o imóvel não pode ser negociado enquanto a dívida não for quitada.

 

Os pré-requisitos para o requerimento

Para ter direito ao financiamento imobiliário, você deve preencher alguns requisitos:

  • Ser brasileiro nato ou naturalizado ou, se estrangeiro, detentor de visto permanente no país;
  • Ser maior de dezoito anos ou emancipado;
  • Ter capacidade civil, ou seja, de acordo com o código civil, não ser menor de 16 anos, não apresentar enfermidade ou deficiência mental que impeça o discernimento ou que não esteja com capacidade para exprimir a própria vontade, mesmo transitoriamente, e que não seja ébrio habitual (consumidor frequente de bebidas alcoólicas) ou viciado em drogas;
  • Ter idoneidade cadastral, ou seja, nome limpo no mercado;
  • Não ultrapassar 80 anos e 6 meses na soma da sua idade ao prazo de amortização, o que é verificado para a cobertura do seguro habitacional;
  • Não ser proprietário e não estar em processo de compra de outro imóvel residencial na mesma cidade em que reside, caso queira utilizar recursos do FGTS;
  • Ter capacidade de pagamento, o que você poderá comprovar na simulação que fará no próximo passo.

 

Descubra o melhor financiamento 

O primeiro passo que toda pessoa que deseja descobrir como financiar um imóvel precisa entender é a diferença entre dois termos: SAC e Price. São dois sistemas de amortização do empréstimo, ou seja, duas formas diferentes de pagar a dívida no longo prazo.

 

Tabela Price

Nesse modelo, a fatia maior das primeiras prestações é composta por juros e somente uma quantidade menor é paga a fim de amortizar a dívida. No entanto, ao longo do tempo, a parte correspondente aos juros diminui, mas a da amortização cresce.

Há uma inversão gradual entre o tamanho de cada fatia, o que gera um placar de zero a zero: o valor das parcelas tende a ser bem parecido durante todo o período.

SAC (Sistema de Amortização Constante)

Diferentemente da primeira modalidade, quem opta pelo SAC paga o mesmo valor de amortização ao longo de todo o financiamento — o tamanho dessa fatia é fixo. Entretanto, assim como na Tabela Price, a parte referente aos juros vai caindo com o tempo e, junto dela, o custo final das parcelas. Tendo em vista que o valor de amortização é constante — diferente da Price, em que ele é menor no início — o custo das primeiras prestações tende a ser superior se comparado ao outro sistema. Porém, com o passar dos anos, essa quantia mensal cai em virtude da diminuição da fatia correspondente aos juros.

 

Importante: o financiamento também pode ser feito com a utilização do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). As taxas de juros do FGTS são menores do que as do SBPE, mas as pessoas precisam comprovar renda familiar máxima por região. Já o SBPE não exige limite de renda e, se o valor do imóvel estiver nos limites do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), as taxas de juros serão inferiores a 12% ao ano.

 

A simulação do financiamento

O objetivo é analisar as propostas oferecidas pelas instituições financiadoras e saber se é possível quitar as parcelas mensais, a partir do rendimento da família. A simulação também facilita na hora de definir o imóvel que você comprará. Vários bancos e construtoras oferecem simuladores em seus sites que ajudam bastante nessa etapa, sem excluir a possibilidade de comparecimento pessoal em qualquer uma dessas instituições para realização da simulação.

 

O envio da documentação

Nesse momento, você já deve apresentar cópias e originais dos seguintes documentos:

  • RG e CPF, inclusive do cônjuge, se casado for;
  • Comprovante de estado civil;
  • Certidão conjunta negativa de débitos relativos aos tributos municipais, estaduais e dívida ativa da União (federais) ou certidão conjunta positiva com efeito de negativa desses débitos;
  • Extrato do FGTS e certidão negativa de propriedade de imóvel, se for usar recurso do Fundo;
  • Comprovante de renda (também do casal, se for o caso, que inclui holerite, extrato bancário e declaração de Imposto de Renda); além do IR e extratos, autônomos podem apresentar a declaração comprobatória de recepção de rendimentos (Decore), feita pelo contador, e, ainda, recibos de recebimentos, contratos de prestação de serviços e declaração do sindicato;

 

A tramitação do procedimento e a assinatura do contrato

Após receber a documentação, a instituição financiadora realiza a avaliação do imóvel e procede a análise técnica de suas condições de financiamento, o que demora em torno de 30 dias. Nessa etapa, também é providenciado o seguro habitacional, que é obrigatório para qualquer financiamento imobiliário e serve para proteger tanto o requerente do financiamento, como o imóvel objeto desse sistema, durante o tempo de financiamento. No caso de algum imprevisto, o seguro pode até quitar o resto das parcelas.

Em seguida, a instituição financiadora confere os dados do consumidor e emite o contrato, que é enviado para assinatura e registro no Cartório de Registro de Imóveis: é esse registro que formaliza a operação de compra e venda, sendo obrigatório mesmo quando o imóvel é pago à vista.

 

Outros custos do processo 

Registro 

Vale ressaltar que o registro do imóvel é feito no cartório – por falar nisso, reserve uma boa parcela para despesas com cartório, que vão desde o registro ao jogo de certidões pedidas no processo. O valor do registro é a soma de várias taxas que variam de estado para estado, além de levar em conta o preço do imóvel.

ITBI  

Outro custo que você deve ter em mente é o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis), um imposto municipal pago na aquisição do imóvel e o processo de compra e venda só se torna oficial após seu acerto. Ele custa em torno de 2% (como é cobrado pela prefeitura, a porcentagem pode variar de cidade para cidade) do valor da casa ou apartamento, e pode ser mais barato para imóveis de valor mais baixo.

Escritura

Escritura pública é cobrada APENAS em compra de imóvel à vista. No financiamento, o contrato com o banco já vale como escritura.

 

Para finalizar, você sabia que também pode optar por fazer seu financiamento através do Programa do Governo Casa Verde e Amarela? Sabe quais são suas vantagens? Ainda não? Então, clique aqui e saiba mais! Realize seu sonho com tranquilidade!

 

 

 

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